O local do encalhe da baleia jubarte na Praia de Geribá, em Búzios, ocorrido no último dia 31, foi vistoriado pelo MPF para averiguar as providências adotadas pela prefeitura da cidade em relação à carcaça da baleia nesta terça-feira (24). A Secretaria de Meio Ambiente e Pesca de Búzios também acompanhou a vistoria realizada pelo procurador Leandro Mitidieri.
Medindo 11 metros de comprimento e pesando entre 25 e 30 toneladas, a baleia trazida pelas correntes marinhas, já chegou em adiantado estado de decomposição e não pode ser removida, sendo enterrada na areia da praia, em profundidade segura.
O secretário de Meio Ambiente e Pesca, Fernando Savino explicou ao procurador que todo o trabalho seguiu as normas técnicas de pesquisadores do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM), da Fiocruz e do Instituto Estadual do Ambiente. O secretário destacou também a instalação de cerca de proteção e de placa informativa, e explicou que a área é monitorada diariamente por agentes do Meio Ambiente.
O secretário Savino informou que já está dando início à criação de Protocolo para casos de encalhe de baleias no litoral do município. O trabalho está sendo feito em parceria com a Fiocruz, o GEMM, o Instituto Estadual do Ambiente, a USP, UERJ e com apoio do Ministério Público Estadual.
Somente este ano, onze baleias mortas apareceram no mar de Búzios, sendo que três desses animais encalharam nas praias de Geribá e da Brava, e no Mangue de Pedras.
Crimes ambientais
Fiscais do Meio Ambiente também removeram sacos de areia colocados por moradores em áreas de restinga para aumentar a faixa de areia em frente às suas casas. Essa prática representa crime ambiental e são proibidos na orla. Agentes também retiraram mourões instalados irregularmente na areia para a sustentação de uma tenda de quiosque.
Por Diário Aldeense
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