A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Cabo Frio quer mais rigor nas investigações de um homicídio que aconteceu na semana passada no município. Wilson Geraldo de Assis foi morto, com quatro tiros na cabeça, e já havia denunciado policias militares por ameaça na sede da Ordem dos Advogados.
A denúncia foi feita diretamente ao presidente da Ordem dos Advogados em Cabo Frio, Eisenhower Dias Mariano, que encaminhou um ofício relatando o ocorrido às autoridades locais, estaduais e federais. Segundo a OAB , o documento relata todas as declarações de Wilson Geraldo de Assis, feitas no dia 15 de janeiro, sobre ameaças que teria sofrido por policiais do 25º Batalhão da Polícia Militar.
No dia 24 de janeiro, Wilson retornou à OAB para retirar a queixa, alegando que o problema estava solucionado mas, oito dias depois, o denunciante foi assassinado no bairro Vinhateiro, em São Pedro da Aldeia.No mesmo dia do crime, segundo o ofício, um policial esteve no escritório da OAB, em Cabo Frio, para pedir uma cópia da denúncia que a vítima tinha feito.
Outros dois homens, que estavam à paisana mas disseram ser policiais, também teriam ido à OAB em busca de cópias da denúncia, que não foram entregues, pois o pedido deveria ser feito por ofício pelo comando do Batalhão da Polícia Militar.
O presidente da Ordem dos Advogados na cidade considerou suspeita a sequência de fatos. O comandante do batalhão, coronel Samir Lima, informou que soube da denúncia no dia do assassinato. O comandante informou, ainda, que foi ele que pediu aos policiais para irem à sede da OAB buscar uma cópia do documento, sem o ofício.
A Polícia Civil investiga o assassinato de Wilson Geraldo de Assis. O inquérito ainda será encaminhado ao Ministério Público e a OAB vai acompanhar o caso. A Secretaria de Segurança do Estado informou que recebeu o ofício da OAB e que aguarda as investigações da Polícia Civil.
Créditos ao G1
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