No Estado do Rio, óbitos em idosos é oito vezes maior este ano do que em 2023


Um levantamento conduzido pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), revelou um aumento preocupante no número de óbitos causados pela influenza entre os idosos no estado. Comparando o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de oito vezes no número de mortes entre pessoas com 60 anos ou mais, passando de duas para 17.

Os dados foram extraídos do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), que abrange os registros de toda a rede de saúde do Rio de Janeiro, tanto pública quanto privada.

Além disso, o levantamento apontou um aumento nos óbitos por síndrome respiratória aguda grave em todas as faixas etárias. No primeiro trimestre de 2023, foram registradas sete mortes por gripe em toda a população, enquanto no mesmo período deste ano foram registradas 27 mortes.

A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, enfatizou a importância da vacinação, especialmente entre idosos e crianças. Ela destacou que a vacina é a melhor medida de prevenção contra a influenza, principalmente para aqueles mais suscetíveis a complicações respiratórias.

Claudia Mello também ressaltou que a campanha de vacinação contra a gripe está em andamento, com o Dia D de Mobilização marcado para sábado (13/04) e a campanha prevista para continuar até 31 de maio em todo o estado.

Além disso, análises realizadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) indicaram que o vírus Influenza A foi predominante nas amostras analisadas nas últimas duas semanas de março. Em termos de faixa etária, o vírus foi mais prevalente em pessoas acima de 80 anos.

O estudo também observou um aumento nos atendimentos por síndrome gripal nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede estadual de saúde, com um aumento de 36% entre fevereiro e março.

As mudanças climáticas, incluindo alterações bruscas de temperatura e diminuição da umidade do ar, são apontadas como possíveis contribuintes para essa mudança na sazonalidade da doença.

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