As contas do governo federal apresentaram um déficit primário de R$ 58,44 bilhões em fevereiro deste ano, segundo dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta terça-feira (26). Esse rombo nas contas públicas é o maior já registrado para o mês desde 1997, marcando o pior resultado em 28 anos, início da série histórica.
Também foi o pior resultado em valores correntes. Ao considerar esse critério, o rombo em 2023 foi de R$ 40,61 bilhões. O saldo primário é formado pela subtração de receitas contra despesas, sem contar o pagamento dos juros da dívida.
A arrecadação alcançou R$ 186,5 bilhões, um recorde histórico para o período. Contudo, os números foram impactados pelo pagamento de R$ 30 bilhões em precatórios. No acumulado dos dois primeiros meses de 2024, o superávit primário foi de R$ 20,94 bilhões, uma queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando registrou R$ 38,29 bilhões.
O governo busca zerar o déficit das contas públicas este ano, conforme estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias. A meta é considerada desafiadora, com projeções de déficit em torno de R$ 80 bilhões pelo mercado financeiro para 2024. O relatório de avaliação de receitas e despesas aponta um déficit de R$ 9,3 bilhões para este ano. Para cumprir a meta, o governo aprovou medidas para aumentar a arrecadação em R$ 168,5 bilhões em 2024.
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