Prefeitura de Cabo Frio anuncia instalação de Casa de Abrigamento para Mulheres em Tamoios


Até o fim do ano a Prefeitura de Cabo Frio vai instalar uma Casa de Abrigamento para Mulheres e um Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM), ambos em Tamoios. As novidades foram anunciadas nesta quinta-feira (1º) pela superintendente dos Direitos da Mulher, Tânia Lopes, durante encontro com com 10 entidades da sociedade civil que militam pelos direitos das mulheres. 


A reunião aconteceu no auditório da Prefeitura, seguindo todos os protocolos de prevenção à Covid-19. O objetivo foi debater políticas públicas, apresentar um balanço do que já foi feito nos primeiros seis meses de governo, ouvir sugestões e anunciar cronograma e projetos futuros. 


"Entendemos que buscar os movimentos sociais que cuidam e lutam pela igualdade de direitos das mulheres, e socializar metas e ações desenvolvidas por esta gestão, é respeitoso e inclusivo para ampliação e diversificação das políticas públicas para as mulheres. Encontros como este integram a sociedade civil e o poder público na mesma causa, com transparência e reconhecimento, somando esforços para esperançar o cotidiano das mulheres tão diversas de nossa cidade”, explicou Tânia. 


Além do anúncio de instalação de dois novos equipamentos sociais em Tamoios, o evento seguiu com a coordenadora do CEAM em Cabo Frio, Ludmila Roque, apresentando a estrutura da Superintendência e um balanço dos atendimentos e ações realizados, alguns em parceria com a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM). 


“Pela primeira vez na história do CEAM fechamos uma parceria com a Delegacia da Mulher de Cabo Frio. Após algumas reuniões com a delegada Waleska, estabelecemos um intercâmbio de experiências com a Polícia Civil do município. Desde então, o número de encaminhamentos de atendimentos aumentou. Já tivemos um dia com cinco mulheres encaminhadas para nosso atendimento”, destacou Ludmila. 


A secretária da Criança e do Adolescente, Betânia Batista, a superintendente da Pessoa com Deficiência, Idalina Araújo, e a superintendente de Políticas Públicas, Carolina Werkhaizer, também participaram do evento, assim como a vice-prefeita de Cabo Frio, Magdala Furtado, e a secretária de Assistência Social, Nilza Miquelotti.


“Precisamos de mais mulheres envolvidas e participando desse tipo de atividade. Precisamos falar de mulher para mulher, e também para toda a sociedade. Precisamos ser ouvidas”, reforçou Magdala. 


Nilza Miquelotti aproveitou para defender a luta por políticas públicas voltadas para as mulheres. 


“A pior luta é a que não se faz. Precisamos ir para as praças, para as ruas. Se essa Superintendência existe hoje, é porque lá atrás existiu uma luta de mulheres para que ela fosse criada”, frisou a secretária de Assistência Social. 


Representando a sociedade civil, a coordenadora do Movimento de Mulheres da Região dos Lagos, Ághata Íris, lembrou que já precisou do Centro Especializado de Atendimento à Mulher, e reforçou a importância desse espaço. 


“O CEAM é de grande importância para a sociedade. Eu já fui atendida neste equipamento. As pessoas precisam conhecer este espaço, a sociedade precisa ouvir, e nós precisamos falar, sim, sobre os homens e mulheres transexuais, sobre as travestis, pansexuais, sobre as mulheres deficientes. Precisamos pensar em Casas de Referência para todas as mulheres em sua intersexualidade e em todos os seus recortes”, defendeu. 


Pela sociedade civil também participaram do encontro os grupos Amigas da Mama, Associação de Mulheres de Tamoios, Ishthar, Movimento de Mulheres de Cabo Frio, Moça Bonita, Rede das Pretas, Instituto Cris Águia Mão de Ouro, Mães que Ajudam e Sol Nascente.


Por Ascom PMCF

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