Cabo Frio se apresenta como opção ao impasse do novo autódromo do Rio de Janeiro e oferece terreno no entorno do aeroporto

Prefeitura de Cabo Frio ofereceu ao governo do Estado áreas para construção de um autódromo como a do entorno do aeroporto da cidade.

Em meio ao impasse que a Rio Motorsports vive com relação à liberação das licenças para construir o Autódromo de Deodoro, na cidade do Rio de Janeiro, uma outra cidade do estado se apresentou como opção para ajudar no fomento ao esporte a motor no estado: Cabo Frio.


A Prefeitura protocolou na segunda-feira (9) um ofício junto ao Governo do Estado do Rio de Janeiro disponibilizando o município para instalação de um autódromo. O objetivo é que a cidade se torne um centro de desenvolvimento do desporto automobilístico no Brasil. 


O secretário de Governo cabofriense, Matheus Mônica, foi recebido pelo secretário de Governo do Estado, André Larazoni.  O documento também foi protocolado na Federação de Automobilismo do Rio de Janeiro e será encaminhado ainda para a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).


Na ocasião, foi destacado que o município já possui áreas que se adequariam ao projeto, como no entorno do aeroporto da cidade com dois milhões de metros quadrados, permitindo ainda a construção de um polo turístico hoteleiro para atender a demanda. 


“Nós decidimos oferecer Cabo Frio para receber o autódromo do Rio de Janeiro por entender que a cidade tem muito potencial.  Temos um aeroporto internacional com capacidade para receber qualquer tipo de carga é belezas naturais que deixariam as competições com um charme que nenhuma cidade do Brasil poderia oferecer. Além disso, a área no entorno do aeroporto já foi desapropriada e está apta a receber empreendimentos de todos os setores. Não tenho dúvida que vai ser um ganho incalculável pra Cabo Frio”, concluiu Matheus.


O Diário Aldeense também entrou em contato com a prefeitura de São Pedro da Aldeia para sondar o possível interesse do município em também entrar na disputa devido a localização privilegiada da cidade e abundância de terrenos a serem explorados. Uma oportunidade de se consolidar não somente como polo de esportes náuticos como também a motores levando o nome da cidade a níveis internacionais, um importante vetor de crescimento turístico e econômico.


Em nota, a Prefeitura de São Pedro da Aldeia informou que, nesse momento, não entrará na referida disputa.


Polêmico novo Autódromo do Rio de Janeiro

De acordo com defensores do projeto, novo autódromo funcionaria como uma bomba de desenvolvimento econômico ao entorno pobre e sem oportunidades do bairro de Deodoro.


Sendo a única empresa concorrendo na licitação, a Rio Motorsports venceu o edital de concorrência para a construção do novo autódromo no Rio de Janeiro em maio de 2019. A cidade perdeu seu autódromo em Jacarepaguá e desde então nunca teve outro, perdendo a prova da Fórmula 1 para São Paulo onde é realizada até hoje. 


O grupo liderado por uma empresa norte-americana terá a concessão do terreno localizado em Deodoro pelos próximos 35 anos e caberá a ela a responsabilidade em construir uma pista que poderá receber as principais provas de automobilismo, inclusive a Fórmula 1, sem dinheiro público.


Entretanto, a floresta do Camboatá fica no terreno cedido pelo exército. A área passou por um processo de retirada de minas terrestres. Há um abaixo-assinado contra a obra tem mais de 200 mil adesões. Projeto vive impasses com licenças ambientais.


Quem defende o projeto no local diz que a obra aqueceria a economia da região, cujo Índice de Desenvolvimento Humano é um dos mais baixos da cidade, e que há formas de compensar a perda de vegetação. Se o autódromo não sair poderá ser mais um local de floresta que pode ser tomado pela favelização generalizada e descontrolada da capital fluminense, como já aconteceu em áreas que teriam empreendimentos que foram barrados na cidade.


Por Diário Aldeense


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