Laguna Araruama - São Pedro da Aldeia |
Em declaração publicada hoje pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura de São Pedro da Aldeia, chumbinho disse que esgoto tratado pelas ETEs (Estação de Tratamento de Esgoto) da cidade e de Iguaba Grande irão para os rios Flexeira e Papicu, ambos na zona rural. Segundo nota, a medida visa dar maior suporte ao produtor rural além de contribuir na manutenção da vida na Laguna Araruama.
“Estamos falando de esgoto tratado de forma até terciária, com 95% de pureza e que será lançado nos rios Flexeira e Papicu e não no Rio Una. A maior parte desses efluentes será usada para irrigar a agricultura. Foram anos de estudos para que o Consórcio Ambiental Lagos São João chegasse a um projeto que evitasse o lançamento de água doce tratada na lagoa hipersalina de Araruama, sem prejudicar qualquer outro ambiente, muito menos o Rio Una e Armação de Búzios,” explicou.
Hoje (05/06), moradores e representantes da Câmara de Vereadores de Búzios marcaram um protesto, por volta das 15h, na entrada da cidade contra a aprovação em regime de urgência da Lei Estadual de nº 2158/2013 que libera verba para a transposição dos efluentes das ETEs de São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande para o Rio Una.
Hoje (05/06), moradores e representantes da Câmara de Vereadores de Búzios marcaram um protesto, por volta das 15h, na entrada da cidade contra a aprovação em regime de urgência da Lei Estadual de nº 2158/2013 que libera verba para a transposição dos efluentes das ETEs de São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande para o Rio Una.
A Prolagos informou através de nota que: "A concessionária de água e esgoto da Região dos Lagos, trata os esgotos atendendo a todos os padrões de qualidade e legislação vigentes. Os resultados desta operação são acompanhados pelos órgãos ambientais e pela agência reguladora. O cronograma de obras executado pela empresa segue, criteriosamente, o que é definido pelo poder concedente (Governo do Estado do Rio e Prefeituras), após debate técnico realizado no Consórcio Intermunicipal São João e no Comitê de Bacias, onde toda a sociedade civil organizada e as ONGs têm direito a voz".
Estudos de viabilidade
Um conjunto de estudos foram feitos a partir de 2004 pela Geoport Consultoria e Estudos Ambientais a fim de dar um novo destino ao esgoto tratados das ETEs dos municípios que compõem o Consórcio Intermunicipal Lagos São João e ajudar a salavr a Laguna Araruama da enxurrada de água doce que prejudicaria e muito o seu ecossistema hipersalino.
Em 2008, o professor Marcos Von Sperling, do departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais, estudou juntamente com técnicos da Fundação Christiano Ottoni, várias projeções para solucionar o problema, dentre elas o Rio Una. O levantamento foi resultado no trabalho “Modelagem da Qualidade das Águas da Bacia do Rio Una após Reversão dos Efluentes Tratados de Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Cabo Frio”.
Com os dados de campo, monitoramento da qualidade da água e simulações da água futura, foi usado um modelo matemático, adotado na universidade mineira, baseado em modelo da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, utilizado mundialmente. Foram analisados o Rio Una e os corpos receptores imediatos dos possíveis lançamentos: o Rio Arrozal-Papicu, que poderá vir a ser o futuro receptor dos efluentes da ETE Iguaba Grande, o Rio Flexeira, que pode receber os efluentes da ETE São Pedro da Aldeia e o Córrego da Malhada – atual receptor dos efluentes tratados da ETE Jardim Esperança e que também deverá receber os efluentes da ETE Cabo Frio/Tamoios. Também foi realizado outro estudo chamado “Batimetria do Rio Una”, realizada em 2009, pelo biólogo Flávio Antônio Gomes e pelo matemático Roberto Negrão.
Ambos os estudos foram um desdobramento de outro importante documento, produzido pela Geoport Consultoria e Estudos Ambientais, em 2004, que foi a base para a tomada de decisão do CILSJ, favorável à transposição dos efluentes das ETEs para o Rio Una. A questão foi intensamente debatida no Conselho de Associados do CILSJ, assim como a necessidade do reuso dos efluentes tratados e seu aproveitamento em irrigação, indústrias, lavagem de áreas urbanas e outras atividades, desde que não comprometessem a saúde humana e não colocassem em risco o meio ambiente.
Créditos ao Diário Aldeense
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